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Análise da produção de caprinos e ovinos com o uso de app em dispositivos móveis no município de Serra Talhada – PE
(2021-07-19T03:00:00Z) Santos, Willyane de Souza; Cabral, Ana Maria Duarte; http://lattes.cnpq.br/9120227816308243; http://lattes.cnpq.br/2693929015286248
Objetivou-se com este trabalho analisar o perfil do consumidor de produtos e subprodutos de caprinos e ovinos com o uso de app em dispositivos móveis. A pesquisa foi realizada entre os meses de março à Junho de 2021 por meio de entrevistas com uma parcela de 1,5% da população de Serra Talhada - PE, o que corresponde a 1296 pessoas, essa amostragem foi feita de forma aleatória, independente do gênero idades e status sociais, em horários e datas diferentes. Foi utilizado o aplicativo Esy Research em aparelhos móveis contendo um questionário que serviu como base para as entrevistas aos consumidores de carne, leite, e queijos de caprinos e ovinos do município. Os dados são publicados diretamente na plataforma do administrador e depois de ordenadas as estruturas matemáticas e comparativas calculam-se a frequência absoluta e a frequência relativa das variáveis nominais, efetuando-se assim a análise estatística descritiva, sendo os resultados melhor apresentados em gráficos. Observou-se que a maior parte dos entrevistados é de origem urbana com 79,6%, e apenas 20,4% declararam ser de origem rural. Em relação ao consumo de carnes, a pesquisa mostrou que a carne de frango ficou em primeiro lugar, com consumo diário de (44,9%), bovina (20,5%), peixe (12,1%), caprina (6,4%), suína (8,1%) ovina (5,9%) e 2,0% optam por outras fontes de proteína. Observa-se também que 70,4% dos entrevistados compram em media até 2 litros de leite por semana, e 21,2% alegam não consumir o mesmo, por preferirem o leite em pó (50%), 16% leite in natura pasteurizado, 27% in natura cru e apenas 5% consome leite longa vida – UHT (Ultra High Temperature). O queijo por sua vez 76,2% compram entre 1 a 2Kg por semana e 14,6% não consomem nenhum tipo. Os queijos mais consumidos entre os entrevistados são do tipo coalho (67%), manteiga (22%). O queijo tipo mussarela ainda obteve um percentual de 6% quando comparado com os demais que tiverem um baixo consumo. De acordo com o apresentado é necessário explorar as oportunidades do mercado consumidor da caprinovinocultura através de um marketing mais ativo de seu valor nutricional e potencial para a elaboração de seus derivados, além da necessidade de melhoria tanto das condições de abate e ao aumento da oferta de animais jovens, que precisam ser mais bem aproveitadas para atender à demanda por quantidade e qualidade, quanto na capacitação de produtores e empresários do setor no tocante aos cortes padronizados e a exploração para elaboração de produtos cárneos, embora já estejam sendo comercializados alguns derivados. Em suma, dada a importância dessa temática para o consumo da carne caprina e ovina no sertão Nordestino e do mundo, espera-se que este trabalho tenha grande relevância para outros da região.
Salmonelose bovina e sua importância para a saúde pública
(2017) Ribeiro, Ana Clara Sarzedas; Afonso, José Augusto Bastos; http://lattes.cnpq.br/9754109726295756; http://lattes.cnpq.br/4716104912260308
A salmonelose é uma enfermidade infectocontagiosa de potencial zoonótico, causada por diferentes sorotipos do gênero Salmonella, caracterizada por sinais entéricos e septicêmicos em diversas espécies animais e em humanos. Esta revisão objetiva descrever a salmonelose bovina e reforçar a importância desta espécie na epidemiologia da salmonelose humana. Nos bovinos a doença apresenta um amplo espectro de sinais variando de septicemias agudas a infecções assintomáticas, acometendo principalmente bezerros entre duas e seis semanas de idade, com morbidade e mortalidade elevadas. O estado portador é uma importante caraterística epidemiológica e desempenha papel essencial na transmissão e manutenção da enfermidade. O diagnóstico da doença é baseado nos achados clínicos, laboratoriais e de necropsia, sendo o isolamento ou identificação do agente o diagnóstico definitivo. O tratamento consiste no restabelecimento do equilíbrio hidroeletrolítico, controle da inflamação e uso criterioso de antibióticos. O controle e prevenção são primordiais para mitigar os prejuízos econômicos e os riscos à saúde pública, atrelados à enfermidade. As doenças transmitidas por alimentos, entre elas a salmonelose, estão relacionadas a altas taxas de morbidade e mortalidade em humanos, com custos de milhões de dólares anuais em todo o mundo. Os animais são reservatórios de Salmonella spp. com potencial zoonótico e alimentos contaminados, especialmente os de origem animal, são os principais veículos de transmissão do patógeno ao homem. Diferentes sorotipos têm sido isolados de produtos cárneos e lácteos bovinos e seu consumo associado a casos e surtos de salmonelose humana. A veiculação da bactéria através destes produtos associa-se principalmente a qualidade da matéria-prima, manipulação e processamentos inadequados e ausência ou ineficiência no tratamento térmico. As infecções por salmonelas de origem animal causam um quadro de doença gastrointestinal, geralmente de curso benigno, mas que pode tornar-se invasiva, necessitando de tratamento com antibióticos. A elevação do número de linhagens de Salmonella spp. com perfil de resistência aos antimicrobianos limita as opções de tratamento da enfermidade em humanos e o uso indiscriminado de antibióticos na produção animal tem sido associado a progressão da resistência no homem. Assim, a correlação entre Salmonella spp., animais de produção e saúde pública deve impulsionar a adoção de medidas eficazes visando o fornecimento de alimentos seguros e a prevenção da doença em animais e humanos.