Navegando por Assunto "Impressões digitais"
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Item O uso de substâncias naturais na investigação criminal: desenvolvimento de pó revelador para a técnica de empoamento a partir do hibiscus rosa-sinensis l(2023-04-27) Silva, Diego Flosi; Elayne Bessa Ferreira Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/8141462568415078; http://lattes.cnpq.br/3291995457221058O Brasil é conhecido como o país da impunidade em decorrência do baixo índice de crimes elucidados, evidenciando a necessidade de meios que possibilitem a responsabilização do culpado. Nesse contexto, insere-se a Perícia Criminal, cuja finalidade é esclarecer à justiça sobre um fato, fornecendo o modus operandi e identificação do criminoso a partir de métodos comprovados, como a datiloscopia forense, processo de identificação através das impressões digitais latentes em cenas de crime. Para a identificação dessas impressões, são utilizados vários métodos, dentre os quais se destaca a técnica de empoamento, que consiste na identificação das impressões digitais latentes por meio da aplicação de pós reveladores. No entanto, os pós atualmente utilizados nessa técnica têm alto custo, apresentam pouca eficiência em determinadas superfícies e guardam toxicidade. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo desenvolver um pó revelador de origem natural para auxiliar nos exames periciais a partir das flores de Hibiscus rosa-sinensis L., facilitando a identificação de impressões digitais e, consequentemente, identificar o autor do crime e dinâmica do fato, além de solucionar os problemas de alto custo e efeitos tóxicos dos pós utilizados nessa técnica. Para alcançar tais objetivos, o pó revelador, foi aplicado e testado em impressões digitais depositadas nas superfícies de vidro, metal e plástico em análises instantâneas e a longo prazo (24 horas, 15 dias e 30 dias), com o objetivo de testar sua eficácia em relação a alteração química e biológica da composição das impressões digitais ao longo do tempo. Bem como, testar a eficiência do pó nas impressões digitais naturais, em que o voluntário lavasse as mãos, e sebáceas, onde o voluntário, antes da deposição da impressão digital, friccionasse os dedos em regiões oleosas. Os resultados foram analisados de acordo com três aspectos, adesão, pigmentação e visualização dos pontos característicos. Nas impressões digitais naturais, o pó revelador apresentou todos os aspectos exigidos quando aplicado na superfície de metal, tanto a longo prazo quanto nas análises instantâneas. Já nas superfícies de vidro e de plástico, nas análises instantâneas, o pó revelador apresentou apenas pigmentação e adesão, não sendo possível a visualização dos pontos característicos, enquanto que nas análises a longo prazo, não apresentou nenhum dos aspectos exigidos. Para as impressões digitais sebáceas, o pó revelador foi eficiente em todas as superfícies quando analisadas de formas instantâneas, atendendo todos os aspectos exigidos. Da mesma forma ocorreu para as superfícies de vidro e de metal nas análises a longo prazo, enquanto que para a superfície de vidro, após 15 dias e 30 dias, a visualização das linhas papilares foi prejudicada. Dado o exposto, a presente pesquisa demonstrou grande eficiência do pó produzido, sobretudo, nas superfícies de metal. Apresentou resultados satisfatórios nas demais superfícies para as impressões digitais sebáceas, sendo necessário novos estudos para as impressões digitais naturais. Dessa forma, os pós reveladores de origem natural podem atuar como ótimos substitutos nessa técnica, solucionando os problemas dos pós utilizados, ao apresentarem baixo custo, nenhuma toxicidade e apresentar grande potencial nas superfícies testadas.
