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Determinação da taxa de sobrevivência de juvenis de Litopenaeus vannamei cultivados em sistema de bioflocos e experimentalmente infectados com o vírus da Mionecrose Infecciosa (IMNV).
(2019-01-17T02:00:00Z) Araujo, Tainan Silva de; Silva, Suzianny Maria Bezerra Cabral da; http://lattes.cnpq.br/8569566022920336; http://lattes.cnpq.br/2887982113402665
O estudo visava identificar a taxa de sobrevivência de juvenis do camarão marinho Litopenaeus vannamei cultivados em sistema de bioflocos (BFT), experimentalmente infectados com o Vírus da Mionecrose Infecciosa (IMNV). Foram testados dois grupos experimentais: (1) juvenis de L. vannamei alimentados com tecido de camarão infectado (IMNV) e; (2) juvenis de L. vannamei alimentados com tecido de camarão não infectado (grupo controle), com três repetições com 10 animais cada (peso médio de 2,15 g). O gurpo desafiado com IMNV teve seu desafio realizado por meio da ingestão do tecido de músculo abdominal picado de camarões contaminados com o IMNV (duas vezes ofertas por dia), durante sete dias. Para o grupo controle, a oferta foi conduzida da mesma forma substituindo o tecido contaminado por tecido de músculo abdominal picado de animais livres de patógenos específicos - SPF (não contaminado). Após este período, os animais de ambos os tratamentos foram alimentados com ração comercial à mesma biomassa, sendo monitorados diariamente por 20 dias para a observação de sinais clínicos de infecção por IMNV e mortalidade. Durante os dias de experimento, foram monitoradas as variáveis físico-químicas da água: pH e temperatura (diariamente) e; amônia total e nitrito (a cada 5 dias). As variáveis físico-químicas se mantiveram dentro dos valores adequados para L. vannamei cultivado em sistema de bioflocos. Os resultados mostram que a taxa de sobrevivência média ao final do experimento foi de 76,66% e 90% para os animais submetidos aos tratamentos com IMNV e controle, respectivamente, não sendo observada diferença significativa entre estes (P≥0,05). Quanto à taxa de infecção, não foram detectados o vírus em animais desafiados com o vírus, nem foram constatados nenhum sinal clínico nos animais de ambos os tratamentos. O presente estudo mostrou um efeito positivo do BFT sobre a taxa de sobrevivência e de infecção de juvenis de L. vannamei experimentalmente desafiados com IMNV (tratamento IMNV) e naturalmente infectados (grupo controle), uma vez que não foram observados sinais clínicos nos animais durante o experimento, indicando claramente o não desenvolvimento da doença
Investigação da susceptibilidade do Macrobrachium rosenbergii ao Vírus da Mionecrose Infecciosa (IMNV) através de infecção experimental
(2019-07-12T03:00:00Z) Silva, Scarlatt Paloma Alves da; Silva, Suzianny Maria Bezerra Cabral da; http://lattes.cnpq.br/8569566022920336; http://lattes.cnpq.br/8747995801017930
A aquicultura é o setor de produção de alimento que mais cresce no mundo. No Brasil, o cultivo de camarão é responsável por quase 20% da produção nacional de aquicultura. Embora essa atividade tenha sido iniciada na década de 1970 com o cultivo de camarão marinho Litopenaeus vannamei, o cultivo de camarão de água doce, Macrobrachium rosenbergii, é algo crescente no país. Mesmo que ainda não se tenha dados recentes a nível nacional, o M. rosenbergii já representa cerca de 3% da produção global de crustáceos e está numa crescente quanto à sua produção comercial. Isso implica no surgimento de uma série de problemas na cadeia produtiva, entre um dos principais pode-se destacar o surgimento de doenças, já que elas são capazes de causar grandes perdas econômicas, além de impactarem diretamente o meio ambiente. Diante dessa problemática, o objetivo do trabalho é investigar a susceptibilidade do camarão M. rosenbergii ao Vírus da Mionecrose Infecciosa (IMNV) através de inoculação intramuscular com posterior determinação da infecção via nested-PCR e lesões sugestivas por histopatologia. Para a realização do estudo foram adquiridos 54 camarões e estes foram divididos de acordo com a fase de vida (Grupo1 = subadultos e Grupo 2 = adultos) e posteriormente infectados com IMNV por via intramuscular. Dentro de cada grupo, foi reservada uma parcela de animais que não foram infectados com o vírus, receberam apenas uma injeção de solução salina e foi denominado de Controle Negativo. A exposição ao vírus durou 21 dias e teve acompanhamento diário das variáveis de qualidade de água e das mortalidades ao longo do tempo. Depois de decorridos os 21 dias de experimento, os animais foram submetidos a diagnóstico confirmatório de infecção ao IMNV através de nested-PCR e análise histopatológica. Todas as variáveis de qualidade de água analisadas, foram submetidas à análise estatística, seguindo os pressupostos de normalidade (Shapiro-Wilk) e homogeneidade (Bartlett) foi feita a análise variância (ANOVA) e o teste t de student usando o programa RStudio (versão 3.6.1) e com exceção do pH e da amônia, as demais variáveis de qualidade de água (nitrito e temperatura) não diferiram estatisticamente entre si. Os dados obtidos na nested-PCR e mortalidade foram submetidos a estatística descritiva. Todos os animais inoculados intramuscularmente com IMNV, subadultos e adultos de M. rosenbergii, foram positivos via nested-PCR, confirmando a sensibilidade desta espécie ao Vírus da Mionecrose Infecciosa.