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Anestesia geral multimodal para celiotomia exploratória em equino (Equus ferus caballus) acometido por síndrome do abdomen agudo – Relato de caso
(2024-09-05) Bailo, Vivian de Souza; Batista, André Mariano; http://lattes.cnpq.br/5615914349535394; http://lattes.cnpq.br/4089579627319222
O estágio supervisionado obrigatório em Medicina Veterinária foi realizado nas áreas de Anestesiologia Veterinária e Clínica e Cirurgia de Equinos no período de 1 a 30 de abril de 2024 no Hospital Veterinário FZEA/USP-Pirassununga, sob supervisão do Prof. Dr. Adriano Bonfim Carregaro; 01 a 31 de maio de 2024 na Clínica Veterinária Guadalupe, sob supervisão do M.V Guilherme Alberto Machado e 01 a 30 de junho de 2024 no Hospital Veterinário FMVZ/UNESP-Botucatu, sob supervisão do Prof. Dr. Antônio José de Araújo Aguiar. As atividades foram coordenadas pelo orientador Prof. Dr. André Mariano Batista e tiveram carga horaria total de 424 horas. Neste estágio foi possível acompanhar a rotina anestésica dos hospitais da USP e da UNESP e a rotina geral da Clínica Guadalupe. O trabalho teve como objetivo relatar um caso de anestesia geral multimodal para celiotomia exploratória de um equino acometido por síndrome do abdômen agudo. O procedimento foi realizado em um equino, fêmea, 6 anos, com histórico de dor abdominal severa sem resolução clínica. A causa do quadro de síndrome do abdômen agudo foi um fecálito em cólon descendente, que foi retirado no procedimento cirúrgico de emergência. A paciente foi induzida com cetamina (2,2 mg/kg) e midazolam (0,1 mg/kg) e mantido com isoflurano (2% vol.), diluído em oxigênio a 100% na ventilação mecênica, e infusão contínua de lidocaína na taxa de 3 mg/kg/h. Devido ao quadro de hipotensão severa registrado no monitor multiparamétrico, foi necessário utilizar dobutamina, norepinefrina e solução hipertônica para corrigir essa alteração, e associou a fluidoterapia com solução de Ringer Lactato e NaCl 0,9% para manter volemia. A monitoração pela hemogasometria foi importante para verificar a função ventilatória da paciente e a necessidade de reposições de cálcio, potássio e bicarbonato de sódio. Com as manobras de estabilização transanestésicas realizadas, a paciente manteve-se estável até o final do procedimento. Após a cirurgia, o animal teve uma recuperação anestésica longa e de baixa qualidade, por prováveis alterações sistêmicas relacionadas ao quadro clínico. Portanto, conclui-se que a anestesia de equinos com cólica é desafiadora e demanda do anestesista conhecimento e prática sobre fisiologia, fisiopatologia e farmacologia para obter resultados satisfatórios.