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Relações de gênero na identidade docente: um estudo a partir de professoras e professores de educação física
(2019-01-18) Silva, Beatriz Moura da; Lira, Maria Helena Câmara; http://lattes.cnpq.br/1315487815493191; http://lattes.cnpq.br/2445258591614943
Foi com a crise de identidade da Educação Física nos anos de 1980 que estudiosos(as) da área promoveram mudanças na perspectiva sobre a qual este componente curricular se apresentava na escola. A considerar que as pesquisas no campo da Educação Física, tanto como prática social e como prática pedagógica, estão cada vez mais conectadas aos estudos da interseccionalidade e dos estudos de epistemologia feminista, este campo de investigação tem contribuído para a atribuição de sentido e significado aos conhecimentos da cultura corporal e seus possíveis diálogos com a escola. Logo, enquanto objetivo geral, esta pesquisa se propõe a analisar as relações de gênero na identidade docente de professores e professoras de Educação Física. Metodologicamente, este estudo analisou o tema à luz do método qualitativo, a partir da aplicação de um questionário com professores(as) formados(as) no curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Partes dos dados estão sistematizadas em forma de gráficos, mas também são apresentadas transcrições dos questionários. Os resultados da pesquisa indicam que existe uma hegemonia masculina na Educação Física; que existem determinadas influências do gênero do(a) docente em sua relação com o(a) estudante; a predominância de conteúdos da Educação Física e os vínculos desses com a questão de gênero. Portanto, defende-se a necessidade de dar visibilidade às questões de gênero dentro da escola e na formação de professoras e professores; a constante interferência docente nos casos envolvendo discriminação de gênero, pois esta pode mudar a conduta dos alunos e alunas; dentro das possibilidades da Educação Física escolar para defesa da equidade se tem o conceito elaborado por Daniela Auad de coeducação, isto porque, aqui, é defendido um respeito à diversidade dentro das relações humanas. Além disso, esta pesquisa não tem outro posicionamento senão o contrário a qualquer política ou ação social que venha a desconsiderar a necessidade em trabalhar sistematicamente e pedagogicamente os marcadores sociais como gênero, raça, sexualidade, capacidades física e intelectuais, religiosidades dentro da escola.