Navegando por Autor "Pires, Eduardo Henrique Matos"
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Item A evolução do diagnóstico molecular da esquistossomose mansônica(2021-12-13) Pires, Eduardo Henrique Matos; Montes, Martín Alejandro; Gomes, Elainne Christine de Souza; http://lattes.cnpq.br/7173069660592793; http://lattes.cnpq.br/0349635170206363; http://lattes.cnpq.br/0769910959063895A esquistossomose é uma doença negligenciada causada por trematódeos do gênero Schistosoma. No mundo, cerca de 207 milhões de pessoas distribuídas por 78 países são acometidas pela infecção, cuja carga global da doença chega a 1,9 milhão de anos de vida ajustados por incapacidade (DALYs). Nas Américas, 1,8 milhão de pessoas são acometidas pelo Schistosoma mansoni, responsável pela manifestação hepatointestinal da doença. No Brasil, a prevalência nacional passou de 10% aos 0,99% por meio da implementação de políticas públicas de controle da doença, que visa diagnosticar e tratar os doentes. Nesse sentido, o Kato-Katz, capaz de determinar o status de infecção do paciente, bem como sua carga parasitária, desempenhou um papel vital no controle da doença. Entretanto, devido à mudança do perfil epidemiológico da doença, o método vem perdendo sua sensibilidade em áreas de baixa endemicidade, já que o mesmo é influenciado pela carga parasitária do paciente. Diante disso, novas estratégias de diagnóstico da doença vêm sendo estudadas para suprir a necessidade de um método diagnóstico mais sensível, viabilizando o controle da doença. Uma alternativa estudada é o diagnóstico molecular da doença, que se baseia na utilização da biologia molecular como ferramenta de diagnóstico. Portanto, o trabalho objetivou realizar uma revisão sistemática da literatura buscando trabalhos publicados nos últimos 20 anos que utilizassem a biologia molecular para diagnosticar populações humanas afetadas pela esquistossomose mansônica. Para tal, foram pesquisadas palavras referentes ao tema proposto nas bases de pesquisa Medline, Pubmed, Science Direct e Scielo com um filtro de 2000 a 2021. Dos artigos localizados, foram selecionados aqueles que utilizassem uma metodologia de diagnóstico molecular da esquistossomose associada ao Kato-Katz e que o aplicassem em uma população humana residente em área endêmica para a doença. Após seleção, 20 artigos foram incluídos na revisão. Dos 20 trabalhos que utilizavam métodos moleculares para o diagnóstico da esquistossomose associados a um método parasitológico, 12 utilizaram amostras de fezes, 8 amostras de urina e 4 amostras de soro. Desses trabalhos, quatro deles avaliaram mais de um tipo de amostra biológica. Os artigos que utilizaram amostras de fezes apresentaram sensibilidade maior que 69% e especificidade maior que 29% para esse tipo de amostra, enquanto que a sensibilidade dos trabalhos que utilizaram urina, de forma geral, foram maiores que 88% com especificidades maiores que 82%. Os trabalhos que utilizaram amostras de soro apresentaram sensibilidades de 20% a 94,10%, com especificidade acima de 98%. Além de sensibilidade e especificidade, foram analisados valores de acurácia para a discussão dos métodos estudados. Dessa forma, o estudo destaca a potencialidade da utilização da biologia molecular como alternativa de diagnóstico da esquistossomose mansônica em diversas áreas com níveis de endemicidade diferentes.
