Navegando por Autor "Benzaquen, Júlia Figueredo"
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Item A peleja da disciplina de Sociologia: a flexibilização da Sociologia enquanto disciplina no currículo de Pernambuco(2021-06-21) Araújo, Antônio Henrique da Silva; Benzaquen, Júlia Figueredo; http://lattes.cnpq.br/0325443406402140; http://lattes.cnpq.br/7571138062409607O presente artigo busca apontar um debate sobre o ensino da Sociologia no Brasil, de acordo com as teorias, métodos e conceitos sociológicos. É necessária a produção bibliográfica para fomentar o debate e subsidiar pesquisadores e docentes do ensino da Sociologia no que tange o processo de implantação dessa normativa. Para compreender esse processo, é fundamental analisar a Lei 11.684, de 02 de junho de 2008, altera o art. 36 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece e torna obrigatória a inclusão das disciplinas de Filosofia e a Sociologia nos currículos do ensino médio, a Lei 13.415, promulgada em 13 de fevereiro de 2017, que consolida a proposta da MP 746 de 2016, mais conhecida como a MP da reforma do ensino médio. Em 14 de dezembro de 2018, foi homologada pelo Ministério da Educação a Base Nacional Comum Curricular – (BNCC) do Ensino Médio. Esse documento de caráter normativo definiu o conjunto de aprendizagens essenciais que devem ser desenvolvidas com base nos conhecimentos, competências e habilidades. No âmbito da organização curricular, a BNCC aponta como sendo fundamental a flexibilidade e o caráter obrigatório desse princípio.Item Autonomia territorial para existir: resistências e resiliências indígenas no marco da decolonialidade(2018-12-17) Santos, Isis Caroline Santana dos; Benzaquen, Júlia Figueredo; http://lattes.cnpq.br/0325443406402140; http://lattes.cnpq.br/1735378695592473O presente trabalho tem como busca analisar como as diferentes formas de construção da territorialidade para povos indígenas Nasa da Colômbia e Xukuru no Brasil representam alternativas outras diante da configuração territorial moderno/colonial presente nesses países e na América Latina, onde a lógica política e social continua sendo a de exploração de povos e da natureza. Para elucidar esses processos, apresenta-se de que modo as teorias de colonialidade e modernidade instauram a concepção econômico-instrumental de pensar a natureza, e assim explorar o meio ambiente e o território. Isso posto, objetiva-se analisar como as injustiças e conflitos socioambientais estão relacionados com a colonialidade/modernidade apresentada e de que modo as estratégias de luta pela autonomia territorial e alimentar dessas populações representam, não somente um resgate da tradição, mas também uma alternativa social de proteção e respeito às minorias identitárias e à natureza. A pesquisa foi feita a partir de uma abordagem qualitativa decolonial de análise, que se deu por meio de observações e entrevistas que consideravam não apenas a visão científica do método. Essa abordagem refere-se a perspectiva dos agentes como edificadores de suas narrativas, especialmente quando se trata dos seus modos de vida, abordagem vista como urgente frente a uma história de invisibilização epistêmica e aniquilamento frente a imposição colonializante da ideia do ser, do saber e da natureza. A partir disso, confirmamos nossa hipótese de que a estrutura colonial lida com o território como um local a ser conquistado e dominado, afetando negativamente a natureza e fomentando desigualdades socioambientais históricas, mas especialmente retroalimentando as violências contra populações invisibilizadas e suas lutas em defesa do território e da vida. Tal hipótese foi confirmada através da vivência com os povos e participação dos eventosde La Liberación de la Madre Tierra e Agricultura Xukuru: A Ciência dos Invisíveis, guardiã da Cultura do Encantamento, que auxiliaram tanto na realização de entrevistas como na percepção de como os dois povos entendem a relação com a Pachamamma ou Mãe Natureza. Os resultados mostram que, em ambos os casos, a luta territorial busca o estabelecimento de relações que se opõem ao modelo colonial de lidar com a natureza, priorizando a autonomia e a vida, e indo na contramão da dependência e subalternização histórica que os atinge.Item Curupiras, colonialidades e outras epistemologias(EDUFRPE, 2017) Benzaquen, Júlia Figueredo; Barreto, Francisco SáItem Democracia, Governança e Participação: resumos [da] 7ª Semana de Ciências Sociais da UFRPE(UFRPE; EDUFRPE, 2017) Zarzar, Andrea Lorena Butto; Sousa, João Morais de; Benzaquen, Júlia FigueredoItem Escola de tempo integral no Município do Cabo de Santo Agostinho, na perspectiva dos estudantes(2019) Oliveira, Neuzitânia da Silva; Benzaquen, Júlia Figueredo; http://lattes.cnpq.br/0325443406402140; http://lattes.cnpq.br/0494741396276451O presente trabalho constitui-se de um estudo sobre a Educação Integral de tempo integral, na Escola de Referência em Ensino Médio Cabo de Santo Agostinho, localizada no município do Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco, com o objetivo de analisar as percepções dos estudantes acerca da educação integral em geral e em particular, da escola em que estudam, bem como conhecer como se configuram as práticas em uma escola de tempo integral no cotidiano dos estudantes. Para a concretização do trabalho, foram realizadas pesquisa bibliográfica e de campo, com execução de entrevistas semi estruturadas com estudantes das três séries do ensino médio, na referida escola. Analisadas as entrevistas, constatamos que os estudantes, segundo suas colocações, consideram a escola em que estudam de boa qualidade, levando em conta que a escola é pública e reconhecendo dificuldades como limitações na estrutura física, na manutenção dos equipamentos e na alimentação. Observamos que a configuração das atividades escolares se diferencia pouco das atividades escolares de uma escola de meio turno, e que esse fato, ao nosso ver, não incomoda os estudantes. Observamos que existem diferenças entre o que foi proposto para educação integral, nos níveis federal e estadual e a realidade da escola, mas, é inegável que a escola apresenta situações que favorecem aos estudantes, como por exemplo, os estudantes afirmarem que o tempo integral os ajudaram a adquirir maior responsabilidade consigo e com as tarefas escolares, bem como no exercício do convívio coletivo, o que faz parte do desenvolvimento de habilidades exigidas para a vida cidadã, e que sem dúvida alguma, é um caminho para a consolidação de uma escola que contribua para formação integral de seus estudantes.Item Fórum de Mulheres do Araripe: quem somos e o que pensamos(2023-04-27) Leite, Aryella da Silva; Benzaquen, Júlia Figueredo; http://lattes.cnpq.br/0325443406402140; http://lattes.cnpq.br/2293228487548736Este trabalho teve como objetivo entender a atuação do Fórum de Mulheres do Araripe (FMA) no enfrentamento a violência contra as mulheres, a partir do olhar das suas próprias integrantes. Buscou também identificar quais as principais mudanças percebidas em suas vidas ao ingressarem no movimento feminista, além de conhecer quais as pautas de luta coletiva que consideram prioritárias no território do Sertão do Araripe. Desenvolvido de forma qualitativa, através de pesquisa bibliográfica e aplicação de questionário com parte das mulheres integrantes do FMA, este trabalho obteve informações relevantes sobre o perfil das mulheres e a organização feminista no território. Tais resultados mostraram caminhos que podem ser percorridos para melhor entender a dinâmica feminista do sertão em trabalhos futuros.Item Mulheres e questões de gênero nas Ciências sociais: uma análise das matrizes curriculares do curso de Ciências sociais da UFRPE(2018) Santos, Amanda Ramos Alves dos; Benzaquen, Júlia Figueredo; http://lattes.cnpq.br/0325443406402140; http://lattes.cnpq.br/6465456614324783Esta monografia investiga quais espaços são ocupados pelas mulheres autoras e conteúdos relacionados às questões de gênero nas matrizes curriculares do curso de Ciências Sociais da UFRPE. Para tanto, em um primeiro momento houve uma revisão bibliográfica, a partir da consulta de literatura que trata das temáticas da história das Ciências Sociais na UFRPE, questões curriculares e da inclusão de gênero, e dos estudos pós-coloniais enfatizando as perspectivas feministas. Durante a pesquisa a coleta de dados se deu através das análises documentais dos Projetos Pedagógicos do Curso e dos textos administrativos. Assim, foram identificadas nas bibliografias básicas de todas as disciplinas obrigatórias presentes nas segunda e terceira matrizes curriculares as autoras que foram e são trabalhadas durante a graduação e como todos os componentes das três matrizes abordam ou não conteúdos relacionados às questões de gênero. Ainda na coleta de dados, foram aplicadas entrevistas semiestruturadas com cinco docentes e cinco discentes com a finalidade de identificar quais as percepções destes sujeitos sobre as disciplinas mapeadas e suas importâncias na composição das matrizes curriculares. A investigação revelou que ao longo destes 27 anos de história do curso houve uma crescente sensibilidade em relação à inclusão das questões de gênero e autoras mulheres. No entanto, os dados apresentados mostram que as autoras continuam sendo invisibilizadas e que as discussões de gênero ainda não estão propostas de forma consistente no currículo do curso de Ciências Sociais da UFRPE.Item O uso de referenciais teóricos pós-coloniais e decoloniais em trabalhos de conclusão de curso da UFPE e da UFRPE(2021-03-03) Melo, Thiago Pessoa de; Benzaquen, Júlia Figueredo; http://lattes.cnpq.br/0325443406402140; http://lattes.cnpq.br/8548605922378353Este artigo teve como objetivo analisar o uso de referenciais teóricos pós-coloniais e decoloniais em trabalhos de conclusão de curso de duas IES de Recife. Tal trabalho dividiu-se em dois eixos analíticos, sendo um dedicado a abordar o pensamento decolonial latino-americano e o conceito de “colonialidade do saber” na perspectiva da rede de pesquisadores modernidade/colonialidade e o outro dedicado a uma pesquisa bibliográfica integrativa que lidou com trabalhos de monografias produzidas nos cursos de graduação da UFPE e UFRPE nos últimos dez anos, nas quais foram usadas pelos/as autores/as referenciais teóricos pós-coloniais e decoloniais. Conclui-se que cada vez mais a temática da colonialidade do saber vem sendo abordada (não apenas em espaços acadêmicos), o que facilita processos de descolonização do saber e a visibilização de temáticas antes não estudadas pela Universidade.Item Sobre educação e sociologia: um estudo acerca da construção doconhecimento sociológico no ensino médio(2019) Leão, Gleyce Kelly dos Santos; Benzaquen, Júlia Figueredo; http://lattes.cnpq.br/0325443406402140; http://lattes.cnpq.br/5510216691103433O presente trabalho busca compreenderas atuais metodologias de ensino de sociologia para o Ensino Médio, e como estas contribuem para a construção do conhecimento sociológico. Entende que o ambiente em que se insere essas metodologias é o da educação, que desde os autores mais clássicos surge como uma temática amplamente discutida no âmbito da Sociologia, e a ela é atribuída grande importância no processo de socialização dos indivíduos. Nesse sentido, busca compreender esses métodos de (re)construção didática (LOPES, 1999) entre a gama teórica da Sociologia enquanto ciência para o ambiente escolar através de uma pesquisa social majoritariamente qualitativa. Desse modo, para realizar sua proposta, tem como fundamento epistemológico as teorias pós-coloniais, que buscam oferecer novas perspectivas e interpretações para as questões provenientes do meio escolar. Já a fundamentação metodológica se dá pelo levantamento bibliográfico de fontes secundárias, as observações de sala de aula, a aplicação de questionários com os discentes e as entrevistas semiestruturadas que culminam em algumas inferências metodológicas propositivas para a disciplina de sociologia. A pesquisa sustenta em seu arcabouço teórico um variado grupo de autores da sociologia clássica e contemporânea como Émile Durkheim (2011), Karl Marx (2004), Pierre Bourdieu e Jean-Claude Passeron (1992) e Bernard Lahire (2014).Busca então, a partir do diálogo destes com as experiências práticas construídas em campo, assumir algumas conclusões acerca de quais metodologias são praticadas hoje, se existem problemas reais com esse início de construção do conhecimento sociológico e em caso de afirmativa, como tomar uma dimensão experimental propositiva que cumpra com a função de formar nesses jovens uma consciência crítica acerca das transformações e problemáticas sociais, políticas e antropológicas que permeiam a realidade brasileira, para além do senso comum e a partir do olhar sociológico.Item Sociologia e educação: como os conceitos sociológicos são aplicados nos Trabalhos de Conclusão de Curso sobre educação nos cursos de Ciências Sociais da UFPE e da UFRPE(2024-10-02) Nascimento, Diogo Oliveira do; Benzaquen, Júlia Figueredo; http://lattes.cnpq.br/0325443406402140; http://lattes.cnpq.br/4693268077316321Este trabalho se propõe a estudar, a partir da busca nos bancos de dados, Trabalhos de Conclusão de Curso defendidos nos cursos de Ciências Sociais das Universidades Públicas de Pernambuco que relacionam a sociologia com a educação realizados no período de 2018 a 2023. Para atingir o objetivo proposto foi realizada a busca dos trabalhos nos repositórios eletrônicos da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e foram localizados dezoito trabalhos. A fim de efetuar a exploração dos trabalhos, realizamos a leitura das pesquisas e decidimos criar três grupos de análise para os trabalhos: educação e política pública; educação e instituição de ensino; educação e ensino de sociologia. Concluímos que os conceitos da sociologia foram mobilizados na análise dos fenômenos estudados nas pesquisas de conclusão de curso. Portanto, a presença desses conceitos nas pesquisas facilitou a interpretação dos dados apresentados, além disso a compreensão dos fatos pôde ser melhor explorada e compreendida, confirmando a importância dos conceitos sociológicos para análises sobre educação.Item Uma caravela aporta no canavial? O “novo” desenvolvimentismona zona da mata norte de Pernambuco à luz das teorias decoloniais(2019) Silva, Maria Eduarda da; Faria, Maurício Sardá de; Benzaquen, Júlia Figueredo; http://lattes.cnpq.br/0325443406402140; http://lattes.cnpq.br/1513772085737367; http://lattes.cnpq.br/4368145724663663O presente trabalho tem como objetivo lançar um olhar sobre a recente industrialização do município de Goiana/PE, localizado na Zona da Marta Norte do estado, a partir da perspectiva decolonial. Ao longo dos últimos anos, a região vem recebendo adensamentos industriais significativos que reconfiguram sua realidade social e econômica,historicamente marcada pelo cultivo e comercialização da cana-de-açúcar. Apolítica industrial implementada em Goiana, é fruto das ideias neodesenvolvimentistas,que propõem uma nova experiência de desenvolvimento nacional,na tentativa de superar as consequências do programa econômico liberalista. O objetivo seria aliar crescimento econômico com políticas de redistribuição e bem-estar social, definindo a política industrial como um vetor dessa estratégia.Essas ideias inspiraram a criação do Novo Desenvolvimentismo Brasileiro (NDB), o conjunto de políticas de desenvolvimento implementadas a partir do primeiro Governo Lula(2002). Entretanto, do ponto de vista prático, esse “novo” desenvolvimentismo não rompe com o discurso economicista -desenvolvimentista anterior no que tange sua noção de desenvolvimento igualmente aliada à princípios mercadológicos, ratificando um projeto desenvolvimentista que fomenta a reprodução de desigualdades. Os resultados do presente trabalho mostram que olhando para a recente industrialização de Goiana, é possivel perceber um projeto desenvolvimentista pensado de fora para dentro, fruto da confluência de interesses das elites capitalistas nacionais e internacionais, que nega as especificidades históricas da região ao desenvolver não o município, mas um padrão de poder que se origina com a modernidade e suas consequentes formas de dominação que ultrapassam a experiência do colonialismo a partir da colinialidade e do capitalismo.
