Navegando por Assunto "Sazonalidade"

Agora exibindo 1 - 3 de 3

Distribuição espaço-temporal da meiofauna em uma praia arenosa tropical
(2022-10-03) Oliveira, Bruna Rodrigues Fidelis de; Guilherme, Betânia Cristina; http://lattes.cnpq.br/3131730022364100; http://lattes.cnpq.br/8456510680790890
As praias arenosas possuem uma alta biodiversidade e constituem um dos ambientes de maior extensão ao longo de todo o litoral brasileiro. Esses ecossistemas aprsentam uma fauna de invertebrados que são resistentes e se adaptam a diversas mudanças. Dos organismos marinhos, destaca-se a meiofauna, formada por organismos metazoários invertebrados que medem entre 0,044 mm e 0,5 mm. A pesquisa tem como objetivo caracterizar a estrutura espaço- temporal da comunidade meiofaunística com base na composição e abundância. As coletas foram realizadas na praia do Cupe durante a baixa-mar sendo estabelecidos dois transectos perpendiculares à linha d’água e equidistantes em 100 metros. Em cada transecto foram estabelecidos quatro pontos de coleta em três porções do mediolitoral (superior, médio e inferior) e um no infralitoral raso. Em cada um desses pontos foram coletadas três réplicas de meiofauna e réplicas adicionais para análise de fatores granulométricos, utilizando-se um testemunhador cilíndrico de PVC com 9,6 cm2 de área interna. As amostras do material biológico foram adicionadas em potes de plásticos com formol salino preparado a 4%. As amostras de meiofauna foram lavadas através de jogo de peneiras geológicas sobrepostas entre si, com intervalos de malha de 500 μm e 45 um em laboratório e triadas em placas de Dolfuss sob estereomicroscópio, para triagem e identificação dos organismos meiofaunísticos presentes. A meiofauna foi composta por 11 taxa sendo: Nematoda, Copepoda, Polychaeta, Oligochaeta, Turbellaria, Acari, Gastrotricha, Ostracoda, Nemertea, Tardigrada e Amphipoda. O grupo Nematoda foi o mais abundante em ambos os meses. A densidade média total de indivíduos variou entre os meses, sendo maior no período chuvoso (julho e agosto) e menor no período seco (setembro e novembro). Entre as zonações, o Mediolitoral Médio e o Infralitoral se destacaram pelas maiores densidades de organismos. O resultado da PERMANOVA confirmou diferenças significativas na comunidade da meiofauna entre os meses, transectos e zonações, o que também foi visualizado das figuras do nMDS. Dentre as variáveis abióticas testadas o tamanho médio do grão foi que se destacou tendo uma influência de 68% sobre a comunidade da meiofauna.
Influência da sazonalidade sobre as angiospermas marinhas em um refúgio tropical de peixes-boi: área de proteção ambiental Barra do Rio Mamanguape, Brasil
(2023-03-07) Silva Júnior, Joel Francolino da; Magalhães, Karine Matos; http://lattes.cnpq.br/1529606079794689; http://lattes.cnpq.br/1155758158546814
Entre os requisitos de habitat para o peixe-boi marinho estão a disponibilidade de água doce, abrigo e alimentação. No litoral brasileiro os animais se alimentam, preferencialmente, de angiospermas marinhas, assim, saber seu estoque pode auxiliar nos esforços de conservação deste ameaçado animal. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo estimar o estoque alimentar de angiospermas marinhas para o peixe-boi marinho em um refúgio tropical de reintrodução, a APA Barra do Rio Mamanguape. No local, entre outubro de 2013 e junho de 2014, foram realizadas quatro coletas, sendo duas no período seco e duas no chuvoso, para testar a influência dos períodos sazonais do ano na densidade de hastes e nas biomassas das espécies. Foram realizados testes de diferenças de médias (Teste T) com auxílio do software R. Na região, foram localizados seis prados compostos por até 3 espécies. O efeito da sazonalidade foi registrado com o aumento da densidade de hastes de Halodule wrightii e biomassa aérea da Halophila decipiens durante o período chuvoso. Por outro lado, a biomassa aérea de H. wrightii foi significativamente maior no período seco. Halophila baillonii, a biomassa subterrânea de todas as espécies não apresentaram variações sazonais assim como não foram verificadas diferenças mas entre as biomassas entre prados mono e multiespecíficos. Foi calculado estoque total de angiospermas marinhas variando entre 950.540kg.dw a 1.738476kg.dw para os peixes-bois na área. De forma geral, o estoque de biomassa aérea da região apresentou produção maior durante os períodos secos do ano, indicando que há alimentação disponível para os animais, contudo, ainda são necessários cálculos de capacidade de suporte da área para fins de reintrodução de animais.
Sazonalidade e características do tubarão Lombo-Preto (Carcharhinus falciformis, Müller & Henle 1839) no arquipélago de São Pedro e São Paulo com o uso de estação remota de vídeo subaquática com isca (BRUVS)
(2024-10-04) Silva, Mariana Peixoto Cruz; Oliveira, Paulo Guilherme Vasconcelos de; Mendonça, Sibele Alves de; http://lattes.cnpq.br/1993870612974420; http://lattes.cnpq.br/5700488412022830; http://lattes.cnpq.br/6652797028864231
O tubarão lombo-preto (Carcharhinus falciformis) é descrito como a espécie de tubarão mais abundante do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP) e como “Criticamente Ameaçada” a nível nacional. A fim de avaliar a sazonalidade, abundância e características dos tubarões da espécie C. falciformis que frequentam os entornos do ASPSP, foram analisados um total de 26 vídeos, gravados entre 2022 e 2023, de lançamentos de Estação Remota de Vídeo Subaquática com Isca (BRUVS), mantidos a predominantemente 5 metros de profundidade, em um mesmo ponto no lado oeste das ilhotas. A abundância total da espécie durante a época de coleta resultou em 99 indivíduos. Os testes de significância indicaram que não houveram diferenças significativas entre os anos de coleta e suas temporadas secas e chuvosas, assim como não ocorreu correlação quando comparado com a Temperatura Superficial do Mar (TSM), força e direção da corrente registrados durante as coletas. Quando esses tubarões apresentavam características em que se era possível reconhecê-los novamente nas gravações estes eram individualizados e atribuídos um número de identificação. Dentre esses, foram observados 66 fêmeas e 2 machos, os quais o teste de significância confirmou essa discrepância de valores. Entre as características observadas, destacaram-se marcas naturais, possíveis marcas de cópula cicatrizadas, deformidades, características de gestação e de indivíduos em estágio juvenil e apetrechos de pesca acoplados ao corpo. Dentre os tubarões com características não-mutáveis (manchas da pele, cicatrizes e deformidades), 14 puderam ser reavistados em outros lançamentos, com um total de 20 reavistagens, sendo 2 destas em anos diferentes. Ao comparar com trabalhos publicados anteriormente, os resultados sugerem um aumento na abundância dos C. falciformis nos entornos do ASPSP, e mostra ser o segundo que relata uma predominância de fêmeas. Os resultados mostram a importância da continuidade do monitoramento destes tubarões no local, a fim de preencher as lacunas existentes para o entendimento da sua movimentação migratória, tempo de permanência no local, ciclo reprodutivo, assim como mostra a eficácia dos BRUVS, um método não-letal, para o estudo desta espécie Criticamente Ameaçada a nível nacional.