Navegando por Assunto "Extrato vegetal"
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Item Avaliação da toxicidade do extrato de folhas de Annona squamosa para Aedes aegypti, Nasutitermes corniger e Sitophilus zeamais(2019-12-20) Santos, Lucas Gabriel Pita dos; Pontual, Emmanuel Viana; Almeida, Welton Aaron de; http://lattes.cnpq.br/6880632191779221; http://lattes.cnpq.br/1777060469196142; http://lattes.cnpq.br/5858954656778360A alta toxicidade ambiental dos compostos atualmente utilizados para controle químico de insetos praga e vetores de doença, bem como o surgimento de populações resistentes têm estimulado a busca por novos agentes com atividade inseticida. Neste trabalho, um extrato de folhas de Annona squamosa (Annonaceae) foi avaliado quanto à presença de proteínas e metabólitos secundários. O efeito do extrato sobre larvas de Aedes aegypti (vetor da dengue, febre amarela, zika e chikungunya) e adultos de Nasutitermes corniger (praga urbana) e Sitophilus zeamais (praga agrícola) foi também investigado. A caracterização química do extrato revelou a presença de proteínas, atividades de lectina (AHE = 21,3) e inibidor de tripsina (15,6 U/mg), bem como metabólitos secundários da classe dos flavonoides (rutina), derivados cinâmicos (ácido clorogênico), saponinas, antraquinonas, terpenos e esteroides. O extrato foi tóxico para larvas de A. aegypti e a concentração necessária para matar 50% das larvas foi de 1,9% (m/v). Por outro lado, o extrato não afetou a sobrevivência de soldados e operários de N. corniger. Os adultos de S. zeamais apresentaram mortalidade variando de 51,2 a 63,5% em relação ao controle, quando alimentados com dieta contendo o extrato (15 a 75 mg/g), em adição, um forte efeito deterrente alimentar foi detectado. Esse dado revelou que os insetos morreram por inanição e não por intoxicação pela ingestão do extrato. O extrato causou alta mortalidade de indivíduos de Hyalella sp. na concentração correspondente à CL50 para A. aegypti. Por outro lado, a presença do extrato interferiu no pH e na quantidade de O2 dissolvido na solução de cultivo, sugerindo que a mortalidade de Hyalella sp pode não ser resultado de toxicidade direta do extrato. Em conclusão, o extrato de folhas de A. squamosa é um interessante candidato para utilização no controle de populações de A. aegypti e como agente para proteção de grãos armazenados contra o ataque por S. zeamais. Adicionalmente, a utilização do extrato no ambiente necessita de cautela devido à alta mortalidade detectada para Hyalella sp.Item Avaliação de óleos vegetais como adjuvantes para o aumento da eficiência do extrato de juazeiro sobre o ácaro tetranychus bastosi em pinhão-manso(2019-02-05) Freire, Andressa dos Santos; Oliveira, Cláudia Helena Cysneiros Matos de; http://lattes.cnpq.br/1587027736201526; http://lattes.cnpq.br/7340040815327200O ácaro Tetranychus bastosi Tuttle, Baker & Sales, 1977 (Tetranychidae) é considerado a principal praga da cultura do pinhão-manso Jatropha curcas L. (Euphorbiaceae) em alguns estados do Nordeste brasileiro. Seu controle é baseado no uso de acaricidas sintéticos, os quais não apresentam registro para a cultura e podem ocasionar o desenvolvimento de populações da praga resistentes aos mesmos, devido ao uso indiscriminado. Nesse sentido, a aplicação de extratos vegetais é uma medida alternativa de manejo, levando em consideração a composição desses produtos que reúnem substâncias com potencial acaricida. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes adjuvantes na eficiência de controle do extrato aquoso de folhas de juazeiro Ziziphus joazeiro Martius. (Rhamnaceae) sobre T. bastosi. Em laboratório foi avaliada a toxicidade da CL50 (11,87%) do extrato isoladamente (testemunha) sobre o ácaro, e em combinação com os adjuvantes: óleo de coco (1,5%), óleo de canola (1,5%) e óleo de soja (1,5%). Discos foliares de pinhão-manso foram imersos por cinco segundos em um dos tratamentos supracitados e mantidos em placas de Petri. Em cada disco foram liberadas 10 fêmeas adultas do ácaro. Para a avaliação da eficiência do extrato, plantas de pinhão-manso foram infestadas com 20 fêmeas adultas de T. bastosi e 16 dias após a infestação realizou-se a pré-contagem dos ácaros e a pulverização do extrato de juazeiro, de acordo com os tratamentos supracitados.Transcorridas 48h, 72h, 96h e 120h realizou-se a contagem dos indivíduos mortos em cada tratamento. Na avaliação do efeito residual foram utilizadas as mesmas plantas, porém os períodos de avaliação foram 3h, 24h, 48h, 72h e 196h. Também foi avaliada a composição do extrato através de análises químicas qualitativas para detecção de alcalóides, taninos e saponinas. Para todos os experimentos foi adotado o delineamento inteiramente casualizado. Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey ao nível de 5%. O extrato aquoso de folhas de Z. joazeiro mostrou-se tóxico ao ácaro T. bastosi quando testado isoladamente ou em associação com os óleos adjuvantes. O uso dos óleos adjuvantes em associação com o extrato não interferiu significativamente na mortalidade de T. bastosi em relação à testemunha. Os adjuvantes testados não contribuíram significativamente para o aumento da persistência do extrato nas folhas. Os taninos e as saponinas foram identificados no extrato aquoso de folhas de juazeiro, mas não foi possível observar a presença de alcalóides. São necessários novos estudos com outras concentrações para verificar a eficiência do extrato com os adjuvantes aqui avaliados.Item Folhas de Syzygium malaccense Linnaeus (Myrtaceae): caracterização química e efeitos sobre Plutella xylostella Linnaeus (Lepidoptera: Plutellidae)(2019-06-28) Santos Neto, Erasmo Guilherme dos; Pontual, Emmanuel Viana; Vila Nova, Isabella Coimbra; http://lattes.cnpq.br/8445185379848462; http://lattes.cnpq.br/1777060469196142; http://lattes.cnpq.br/6695192736858780Plutella xylostella (Plutellidae) é uma importante praga que ataca culturas de brassicas mundialmente. Syzygium malaccense (Myrtaceae), o jambeiro, é utilizada na medicina popular e seus frutos são consumidos como artigo alimentício. Lectinas (proteínas ligadoras de carboidratos) e inibidores de tripsina podem ter ação inseticida. Este trabalho caracterizou o extrato aquoso de folhas de S. malaccense quanto à presença de metabólitos secundários, lectinas e inibidor de tripsina e quanto à atividade inseticida contra P. xylostella. Análise por cromatografia em camada delgada revelou a presença de polifenóis (taninos hidrolisáveis), flavonóides, esteróides, saponinas e açúcares redutores no extrato de folhas, o qual também conteve lectinas (Atividade hemaglutinante de 64) e inibidor de tripsina. A lectina do extrato foi inibida pelos monossacarídeos glicose e N-acetilglicosamina e neutralizada pelas glicoproteínas fetuína e ovoalbumina. O extrato de folhas apresentou efeito deterrente alimentar e causou mortalidade de lagartas de P. xylostella. Foi registrada a taxa de mortalidade de 80±15% para o extrato a 1%. Efeito deterrente de oviposição foi também determinado para o extrato de folhas, uma vez que nos discos tratados foi detectada a presença de cerca de 37 ovos, contra 80 ovos registrados no controle. O aquecimento exaustivo do extrato de folhas alterou as atividades hemaglutinante e deterrente alimentar de forma semelhante, sugerindo que estas podem ser atribuídas à mesma proteína. A exposição do extrato de folhas às condições ambientais por 192 h neutralizou seu efeito deterrente alimentar. Em conclusão, o extrato de folhas de S. malaccense é fonte de metabólitos secundários, lectina e inibidor de tripsina, e constitui um agente inseticida contra P. xylostella por causar mortalidade das lagartas e alterar seus comportamentos de alimentação e oviposição.
