Navegando por Assunto "Comunicação escrita"
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Item Cartas pessoais de amor: gênero do discurso e estilo do enunciador do Sertão do Pajeú na década de 1950(2019) Souza, Rafaela dos Santos; Dugnani, Bruna Lopes Fernandes; http://lattes.cnpq.br/6132618542893464; http://lattes.cnpq.br/2926392791984793O objetivo deste trabalho é compreender as características relativas ao gênero do discurso carta pessoal de amor do Sertão do Pajeú da década de 50, bem como do estilo de seu enunciador, e, com isso, corroborar com a divulgação desse patrimônio linguístico-cultural. O corpus foi constituído por 22 cartas pessoais de amor produzidas no final da década de 1950 por dois remetentes (enunciadores) que residiram nas imediações da zona rural do Sertão do Pajeú. Essas cartas foram disponibilizadas pela plataforma digital do Laboratório de Edição e Documentação de Pernambuco (Ledoc), fotocopiadas e transcritas por integrantes do projeto “Banco Informatizado de Textos (BIT): a constituição de um corpus de manuscritos e impressos pernambucanos do século XVIII, XIX e XX”. A escolha do corpus se justifica por sua relevância, uma vez que se trata de um objeto de notável valor linguístico-cultural. Para cumprir coerentemente com o objetivo traçado, adotou-se teórico-metodologicamente a perspectiva bakhtiniana, especialmente nos conceitos de “gênero do discurso” e “estilo” e nos procedimentos de descrição, análise e interpretação para abordagem do corpus. Os resultados foram obtidos por meio de características encontradas como recorrentes no gênero do discurso, nas quais o ritmo, as metáforas, o emprego dos pronomes tu e você, o uso de diminutivo e a presença de vocativos materializaram tanto as características de proximidade, espontaneidade e intimidade quanto a aproximação com o discurso poético. As reflexões acerca da escrita do enunciador evidenciaram relevantes características da época – década de 50, levantando discussões acerca dos diferentes ângulos pelos quais o estilo pode ser enxergado. Além disso, as recorrências do fazer poético e as semelhanças com cartões postais da época e a poesia concreta nortearam nossa pesquisa não só no sentido de análise do corpus em sua estrutura linguística, mas considerando seus contextos mais amplos que envolvem o estilo do enunciador, que enxergamos como algo que se constrói a partir da relação do seu enunciador com o mundo, com o outro.Item O uso do pronome me em cartas campesinas do Sertão do Pajeú em meados do século XX (1956 a 1977)(2019) Nascimento, Tais Siqueira do; Brito, Dorothy Bezerra Silva de; http://lattes.cnpq.br/1796648943044087; http://lattes.cnpq.br/8882888345839873Neste trabalho analisamos 120 cartas pessoais trocadas por missivistas pernambucanos, de 1956 a 1977, sendo estes dois casais, um casal em que ambos nasceram e viveram/vivem na zona rural do município de Triunfo–Pernambuco, e o outro casal em que ambos também viveram na cidade supracitada, porém o missivista masculino foi naturalizado no município de Floresta. Os manuscritos que compõem o corpus deste trabalho pertencem ao arquivo do Laboratório de Edição e Documentação Linguística de Pernambuco (LeDoc) que é coordenado pelo Prof. Dr. Cleber Ataíde. Temos por objetivo identificar e classificar as ocorrências do pronome clítico me em posição anteposta ou posposta ao verbo, na composição das escritas epistolares, especificamente, no subgênero carta de amor. Os dados coletados nas missivas campesinas foram classificados em grupos de fatores e categorias gramaticais (acusativo, dativos de interesse, posse, ético entre outros). Além disso, pretendemos refletir sobre a importância desse conteúdo para os estudos linguísticos, com a descrição do português do Brasil, mais especificamente, do uso e da colocação do clítico me nesta língua. Para tal análise, partimos das discussões propostas por Paviani (2004) e Martins (2012) a respeito da categorização e colocação do clítico me. Como resultado, obtivemos 246 ocorrências, das quais 151 são proclíticas e 95 enclíticas. Dessa maneira, com maior recorrência encontramos o me em posição anterior ao verbo, com função acusativa, em seguida, com maior recorrência o objeto de estudo foi classificado como exercendo outras funções, mas também em posição anterior ao verbo, o que corrobora com os estudos de Martins (2012) em relação à ordenação dos clíticos, majoritariamente em posição proclítica, bem como, com a colocação de Paviani (2004) em relação à afirmativa de que a próclise é uma tendência do português padrão. Além disso, constatamos a maior recorrência do me com função acusativa, em oposição a nossa hipótese inicial de que encontraríamos ocorrências do me como um dativo enfático da região do Sertão do Pajeú.Item Uma análise dos fenômenos da fala em conversas no WhatsApp(2019) Gois, Aline Raquel Sena de; Ranieri, Thaís Ludmila da Silva; http://lattes.cnpq.br/9800015399149501Neste trabalho, nos propomos analisar a relação entre fala e escrita em mensagens de WhatsApp, na pretensão de, à luz das teorias emergidas da Linguística Textual, identificarmos fenômenos da fala, em manifestações decorrentes das interações cotidianas em conversas no ambiente do aplicativo de WhatsApp. De tal modo, nossas reflexões partiram da concepção amplificada sobre o que vem a ser um texto, diante das atuais formas com que nos relacionamos com a escrita, possibilitadas pela internet, através dos recursos tecnológicos. A escolha do nosso lócus de pesquisa se justifica pela sua aproximação com as características do gênero oral, conversação espontânea, decorrentes do uso das ferramentas nele disponíveis, nos conferindo um potencial corpus para as nossas análises. Desta forma, pretendemos analisar, com um olhar ampliado sobre o limite do texto, as características das duas modalidades de uso da língua, em que as atuais teorias afastam a perspectiva dicotômica entre ambas, nos fazendo reconhecer atividades de construção do texto falado. Portanto, estaremos atentos às recorrências das quais os participantes se valem para construir os sentidos dentro dos eventos de fala em conversas provenientes do WhatsApp. Para esse fim, contamos com o suporte teórico de Koch, (2006; 2009, 2013), Marcuschi (2007), Cavalcante e Custódio Filho (2010), Fonseca (2011), Cavalcante (2013), Fonte e Caiado (2014), Barbosa (2016), Pereira Lima Carvalho e Acioli (2017) e Oliveira (2018). O corpus de nosso trabalho foi coletado a partir de prints provenientes de conversas do WhatsApp, em três grupos distintos que vêm a ser um grupo de trabalho, cujas conversas se propõe a ser mais limitadas aos assuntos de negócios; um grupo de amigos com temas de conversas livres, e um grupo de conversa com um contato privado. No período da coleta, nos dedicamos a observar as interações estabelecidas entre os falantes, averiguando que a fala e a escrita mantém uma relação no entrecruzamento de suas características, tais como o nível de formalidade e informalidade das interações, que influenciam a dinâmica das interações, a escrita, a progressão tópica, o tempo de resposta, entre outros aspectos que nos possibilitou identificar marcas da fala nas conversas do WhatsApp, tal qual comprovaremos no decorrer de nosso trabalho.
