Navegando por Assunto "Arte - Aspectos políticos"
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Item Arte, política e transformação social: propostas antifascistas em arte educação(2023-09-27) Azevedo, Kethylle Layane Nascimento Tavares de; Barros, Lilian Débora de Oliveira; http://lattes.cnpq.br/2102439803472317Tendo em vista a conexão entre a Arte e a Política destacamos a Arte Educação como instrumento de transformação social. Esta pesquisa tem como objetivo construir um conjunto de práticas pedagógicas para as Artes Visuais baseadas numa proposta Antifascista. A partir da reflexão sobre os princípios e análise dos exemplos históricos do Fascismo em diferentes épocas, iremos identificar quais táticas são utilizadas para transmissão de seus ideais, principalmente na atualidade em que temos um alto fluxo da comunicação visual em nossa sociedade. Assim, discutiremos sobre a relevância do letramento visual para o desenvolvimento global do indivíduo, além de realçar a Arte Educação como prática para a construção de um senso crítico que possibilite a conscientização política no ambiente escolar. O referencial teórico contempla discussões acerca da sociedade contemporânea e sua relação com a comunicação visual; apresenta conceitos e rastros historiográficos do Nazifascismo e Antifascismo, além de relacionar o discurso visual de Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil (2018-2022), às práticas de tendência Nazifascista; com base nisso exploramos a noção de educação transformadora de Paulo Freire aliada a abordagem triangular para o ensino das artes visuais de Ana Mae Barbosa. Os procedimentos metodológicos adotados consistiram na investigação historiográfica e visual dos conceitos discutidos e na análise comparativa de imagens. Os dados obtidos indicam a necessidade e a relevância de inserir na sala de aula o debate sobre a temática Antifascita, portanto foram elaboradas um conjunto de propostas educativas para as artes visuais baseadas no movimento Antifa. Com base nos resultados e discussões apresentadas, considera-se que no contexto atual da nossa sociedade a comunicação visual se faz muito presente e pode ser uma ferramenta utilizada por movimentos de tendência Nazifascista para perpetuação de seus ideais. Assim, ressaltamos o papel das Artes Visuais em uma educação transformadora que promova a conscientização política e a reflexão crítica.Item Os “Meninos do Recife”: o olhar de Abelardo da Hora sobre o abandono de crianças e adolescentes (1960-1962)(2021-12-17) Silva, Emmanoel Alexandre da; Miranda, Humberto da Silva; http://lattes.cnpq.br/1254987493556824; http://lattes.cnpq.br/8320982234183889O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre as contrariedades entre os discursos legais do Serviço de Assistência ao Menor (SAM) sobre crianças abandonadas e desvalidas e o cenário de vulnerabilidade social e de violência vivenciada por crianças e adolescentes, entre 1960 a 1962, na cidade do Recife. De maneira teórica-metodológica, o trabalho adota a perspectiva de crianças e adolescentes enquanto sujeitos históricos. Para tanto, nos primeiros capítulos o trabalho partiu da contextualização histórica da criação do serviço e identificou seus problemas internos e suas estratégias de disciplina e controle, a partir dos estudos foucaultianos. Em seguida, no terceiro capítulo, expôs tanto a maneira violenta e repressiva que o SAM se aplicava em Recife, ao utilizar matérias do Diário de Pernambuco, publicadas ao longo de janeiro de 1960, que denunciam o internamento de um adolescente feito de maneira abusiva e inadequada. Como também, no último capítulo, a partir da trajetória de Abelardo da Hora enquanto artista engajado e de sua produção artística como denúncia social, expôs o cenário de vulnerabilidade que crianças e adolescentes sofriam a partir da análise da gravura 22, da série Meninos do Recife (1962), do artista plástico. Neste capítulo, serão adensadas discussões teórico-metodológicas sobre o uso da arte na História, a conceituação do ser intelectual, o papel do artista na sociedade, arte engajada e militante, dentre outras. Dessa forma, o trabalho pretende contribuir com a historiografia das infâncias para que se considere crianças e adolescentes enquanto sujeitos autônomos e protagonistas da sua própria história. Como também se apresenta relevante e inovadora ao identificar as contrariedades entre as legislações e as diferentes realidades sociais do Recife a partir de fontes impressas e artísticas, ressaltando a importância da educação estético-política (GOMES, 2019) na construção da consciência histórica, levando em conta não somente a racionalidade, mas também a subjetividade, construindo assim, um modus operandi historiográfico mais humanizado e menos excludente.
