Navegando por Autor "Maia, Pedro Henrique Temoteo de Araujo"
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Item O Novo Desenvolvimentismo como estratégia de promoção do crescimento econômico no Brasil no período de 2003 a 2013(2021-12-17) Maia, Pedro Henrique Temoteo de Araujo; Souto, Keynis Cândido de; http://lattes.cnpq.br/0393274407907348Em 2003 o Novo Desenvolvimentismo surge como uma terceira alternativa de estratégia econômica de promoção do crescimento, crítico às políticas de desenvolvimento que se baseavam no desenvolvimentismo clássico e na ortodoxia convencional. O fracasso das políticas da ortodoxia clássica, nos anos de 1990 na América Latina levou a ascensão de governos de esquerda na região, resultando no Brasil na eleição do presidente Lula. A partir de então, a literatura do tema passa a afirmar que algumas das medidas defendidas pelo Novo Desenvolvimentismo foram adotadas pelo governo Lula. O principal objetivo deste trabalho é discutir se o Novo Desenvolvimentismo foi usado como estratégia de promoção de crescimento econômico no Brasil no período de 2003 a 2013, que compreende três mandatos presidenciais, primeira (2003-2006) e segunda (2007-2010) gestão do Lula, e parte da primeira gestão Dilma (2011-2013), e que foi marcado por um robusto crescimento econômico do Produto Interno Bruto brasileiro. Tendo como fundamentação teórica principal a Teoria Novo Desenvolvimentista, o trabalho buscou analisar e discutir características do Novo Desenvolvimentismo no período em questão, focando especificamente na política monetária, condução da taxa de juros e seu efeito sobre a inflação, e na condução da política cambial e seu efeito sobre o problema da “Doença Holandesa”. Além disso, buscou identificar os principais problemas na implementação das políticas propostas pela estratégia novo desenvolvimentista. Com base nos resultados, foi possível concluir que: a adição de políticas novo desenvolvimentistas na primeira gestão Lula, não permite caracterizá-la como purista do novo modelo. O primeiro governo Lula (2003-2006), foi inicialmente marcado por uma manutenção da política neoliberal do governo antecessor e lidou com uma demanda internacional elevada por commodities, juros altos e valorização cambial. No segundo governo Lula (2007-2010) ocorreu a expansão de políticas de incentivo ao consumo interno e um modelo de crescimento oposto ao export-led. O terceiro mandato corresponde à parte do primeiro governo Dilma Rousseff (2011-2013), estabeleceu uma agenda política que favoreceu o empresariado industrial brasileiro, promoveu uma desvalorização cambial fraca e queda da taxa de juros. Ficou evidenciado que em nenhum dos governos do período a Doença Holandesa foi combatida.
