Navegando por Autor "Gama Júnior, Watson Arantes"
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Item Cianobactérias corticícolas em área urbana do Recife, PE, Brasil(2022-09-29) Paulino, Jonatas Mota; Gama Júnior, Watson Arantes; http://lattes.cnpq.br/8692563615933473; http://lattes.cnpq.br/7203883955529369Biofilmes fotossintetizantes corticícolas são conglomerados de microorganismos que se dispõe sobre troncos lenhosos. Esses conglomerados são formados por uma gama de micro e macro organismos clorofilados, onde des-se as microalgas verdes e cianobactérias. As cianobactérias, por sua vez, além de contribuirem diretamente na produção primária e biossíntese oxigênica, são fundamentais na manutenção desses biofilmes, uma vez que ao longo de seu processo evolutivo elas desenvolveram diversas habilidades que contribuem não só para autopreservação e automanutenção biológica, como para a manutenção do meio em que elas estão inseridas, a partir da produção de substâncias poliméricas extracelulares (EPS) e de susbtâncias fotoprotetoras. Embora apresentem um papel ecológico importante, pouco se sabe sobre essas comunidades, principalmente em regiões tropicais, onde a diversidade desses orgainismos é significativa. No Brasil, são escassos os trabalhos que objetivam entender esse grupo, e os poucos trabalhos existentes focam em comunidades da região sudeste e centro-oeste do país. Com isso, o objetivo do nosso trabalho foi realizar um levantamento taxonômico de cianobactérias corticícolas em uma área urbana de Dois Irmãos, PE, Brasil. Para isso, foram realizadas duas coletas, no período seco e chuvoso, em três árvores semelhantes, ambas pertencentes a espécie Clitoria fairchildiana R.A.Howard, ao longo de um gradiente de altura (região baixa, média e alta da árvore) e espacial (lados leste e oeste). O material foi raspado com o uso de espátulas de metal em regiões de 25cm2 e armazenados em sacos de papel branco, no escuro. As análises taxonômicas foram realizadas em microscopia óptica com a produção de 5-7 lâminas por amostra. Tais análises resultaram na identificação de 21 táxons, sendo quatro identificados em nível de gênero, um em affinis, três em conferatur e 13 espécies. Dessas, duas tratam-se de novas citações para o Brasil (Gloeocapsa violacea e Leibleina porphyrosiphonis) e onze novas citações para o nordeste brasileiro. O número expressivo de novas citações para o Brasil e para o nordeste, considerando o esforço amostral do presente trabalho, indica que o território brasileiro apresenta uma diversidade cianobateriana corticícola ainda subexplorada. Logo, trabalhos adicionais, que investiguem a composição dessas comunidades, são necessários para uma compreensão ampla sobre os cianoprocariotos na região nordeste do território brasileiro.Item Diatomáceas do estuário do rio Sirinhaém, PE, Brasil(2021-12-09) Aguiar, Lucas Pereira de; Gama Júnior, Watson Arantes; http://lattes.cnpq.br/8692563615933473; http://lattes.cnpq.br/2086753590165553As diatomáceas são algas unicelulares caracterizadas por uma parede celular rígida composta de sílica e que apresentam distintas morfologias. Estão presentes em todo o mundo e são a parte mais abundante do fitoplâncton em áreas estuarinas; regiões de transição entre o rio e o mar com grande valor econômico e ecológico em ambientes costeiros. Esses ambientes sofrem a ação direta da maré, possuem um grande aporte de nutrientes e uma alta produtividade primária e um fluxo dinâmico de água. Em Pernambuco, há 15 estuários e dentre eles está o complexo estuarino de Sirinhaém, localizado no município de Sirinhaém, próximo a Ipojuca, na região sul do estado. É uma área de grande importância comercial, mas não há conhecimento sobre a diatomoflórula dessa localidade. O presente estudo possui o intuito de conhecer a flora de diatomáceas do Estuário do rio Sirinhaém, assim, contribuindo para o conhecimento da diatomoflora do estado de Pernambuco. Foram definidos três pontos de coleta, na foz, montante e região mediana do estuário, para serem avaliadas as diatomáceas e sua distribuição ao longo do gradiente estuarino. As diatomáceas foram observadas a partir de microscópio ótico e vistas em lâminas permanentes, cujo material orgânico foi oxidado a partir de permanganato de potássio e ácido clorídrico. Os parâmetros da água apresentaram-se consistentes e semelhantes, exceto quando se tratou da profundidade e luminosidade que variaram consideravelmente entre os pontos. Foram identificados 63 táxons, sendo 55 espécies, e 8 em nível de gênero, distribuídos em 35 famílias. Os gêneros mais representativos encontrados foram Nitzschia, Gyrosigma e Cocconeis todos com três táxons cada. O ponto a Montante, durante a baixa mar, apresentou o maior número de registros, com 37 espécies; grande parte das espécies foi restrita à baixa mar. O número de espécies encontrado demonstra que o estuário do rio Sirinhaém apresenta uma vasta biodiversidade de diatomáceas, apresentando espécies de diferentes hábitos, desde águas marinhas até de águas doces.Item Investigação dos efeitos anti-UV e antioxidante de extratos de cianobactérias da coleção CCAPE (Coleção de Cultura de Cianobactérias e Algas de Pernambuco)(2023-04-20) Nascimento, Luana Cláudia Barros; Gama Júnior, Watson Arantes; http://lattes.cnpq.br/8692563615933473; http://lattes.cnpq.br/5227051951077900As cianobactérias são organismos cosmopolitas, e dentre as propriedades que garantem a sobrevivência delas está a produção de fotoprotetores, sendo o aminoácido do tipo micosporinas (MAAs) e citoneminas os mais comuns. A citonemina é um pigmento hidrossolúvel encontrado na bainha extracelular de polissacarídeos, crostas ou colônias de cianobactérias e os MAAs são um grupo de mais de 20 moléculas hidrofílicas, podem ser encontrados no citoplasma e na bainha externa das cianobactérias. Ambos fotoprotetores têm um grande potencial em aplicações nas indústrias cosméticas, devido às capacidades fotoprotetora e antioxidantes, podendo ser um produto de cuidados da pele, como protetores solares e produtos antienvelhecimento. Com isso, o objetivo do trabalho é conhecer e investigar o potencial das cianobactérias terrestres isoladas da Mata Atlântica em produzir substâncias fotoprotetores (anti-UV) e suas atividades antioxidantes. Foram identificadas, fotografadas e descritas seis espécies de cianobactérias Komarekiella sp., Nostoc sp.1, Nostoc sp.2, Nostoc interbryum, Chroococcidiopsis thermalis e Plectolynbya sp. que são pertencentes às ordens Nostocales, Chroococcidiopsidales e Synechococcales. As cepas foram expostas à radiação UVA e luz branca pelo período de 24 horas. A biomassa foi liofilizada e seguiu para extração em acetona 100% (clorofila, carotenoides e citonemina) e metanol 20% (aminoácidos do tipo micosporinas), todos os extratos foram analisados por espectofotometria de luz. Os extratos metanólicos foram testados quanto à atividade antioxidante por ABTS. Na análise de fotoprotetores, notou-se que a espécie Nostoc sp.1 (CCAPE 85) teve uma produção signifitiva de MAAs em todos os comprimentos de onda após exposição UVA. Na análise antioxidante, o extrato metanólico das espécies (CCAPE-72), Plectolynbya sp. (CCAPE-76), Nostoc sp.1 (CCAPE-85) e Nostoc interbryum (CCAPE-77) tiveram uma atividade antioxidante significativa apósexposição à radiação UVA. As espécies Komarekiella sp. (CCAPE-72), Chroococcidiopsis thermalis(CCAPE-73), Plectolynbya sp. (CCAPE-76), Nostoc interbryum (CCAPE-77), Nostoc sp.1 (CCAPE-85) e Nostoc sp.2 (CCAPE-89) tiveram uma maior atividade antioxidante acima de 30% em leituraapós 20 minutos da reação com ABTS. A espécie Nostoc sp.1 (CCAPE-85) teve a maior produção signifitiva de MAAs em todos os comprimentos de ondas, como também de atividade antioxidante em exposição UVA e, por isso, pode ser uma alternativa promissora na indústria cosmética, visto que produz fotoprotetores de interesse (MAAs) e apresenta relevante atividade antioxidante. Os resultados contribuem para uma melhor compreensão da taxonomia dessas cianobactérias da CCAPE, com a caracterização morfológica das cepas e identificação em nível de gênero e/ou espécie. Os dados de antioxidante e fotoprotetores demonstram o potencial das cianobactérias de ambientes terrestres para produção desses compostos e a importância de expô-las à radiação UVA para ativar ou aumentar a produção dessas substâncias.
