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Aspectos culturais sobre o consumo de licor no Brasil: uma revisão bibliográfica
(2023-09-22) Capella, Aynoara Chaves; Silva, Celiane Gomes Maia da; Capella, Yasodhara Nazareth Chaves; http://lattes.cnpq.br/2063458772389848; http://lattes.cnpq.br/3760947810306402; http://lattes.cnpq.br/5956673424271148
Segundo a legislação brasileira, o licor é a bebida com graduação alcoólica de 15 a 50% em volume a 20°C e um percentual de açúcar superior a 30g/L, elaborado com álcool etílico potável de origem agrícola ou destilado alcoólico simples de extratos ou substâncias de origem vegetal, substâncias aromatizantes, saborizantes, corantes e outros aditivos permitidos em ato administrativo complementar. O volume de vendas se mantém ao redor de 7 milhões de litros anuais, representando 2,9% do mercado brasileiro de bebidas alcoólicas, o que faz o consumidor nacional dividir sua atenção entre os licores de produção informal e as grandes marcas nacionais e importadas. Dados apontam que o consumo de licores no Brasil cresce em torno de 5% ao ano, fato que motiva o investimento neste setor e aumenta as oportunidades de mercado. Assim, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar o consumo de álcool e especialmente de licor no Brasil e entender os motivos que levam os brasileiros a consumir este produto. A metodologia utilizada foi a de pesquisa bibliográfica e documental, com uma abordagem qualitativa, com objetivo descritivo e explicativo para elucidar motivações que levam ao consumo do licor. Apesar de o consumo de bebidas alcoólicas ser alto no Brasil, o consumo de licor ainda é baixo, sendo seu maior consumo nos estados do Nordeste e apenas durante os períodos de festejos juninos. O licor é uma bebida consumida em sua maior parte por mulheres, dado o seu sabor doce. Também percebeu-se que, para os entrevistados em duas pesquisas o preço do produto não é algo relevante no momento do consumo, porém nenhuma delas relata a qual classe social pertencem os entrevistados. Visto que cerca de 70% da população brasileira vive com até 2 salários mínimos, sendo que 35,63% recebem até um salário mínimos, é de se esperar que bebidas mais baratas, como cerveja ou cachaça, sejam mais consumidas. Apesar disso, mais pesquisas são necessárias, visto que a bibliografia disponível é carente em relação às causas culturais e mercadológicas do consumo dessa bebida.