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Análise das variáveis associadas aos fatores de risco e medidas de prevenção ao câncer em adolescentes de quatros escolas de referência em ensino médio do Recife
(2023-04-25) Santos, Yuri Virgilio dos; Andrade, Jeyce Kelle Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/8970644656035762; http://lattes.cnpq.br/6166330755919157
O câncer infantojuvenil é a segunda causa de morte entre crianças e adolescentes no Brasil. Diversos fatores de risco, como predisposição genética, imunológica e exposição ambiental a agentes genotóxicos, podem contribuir para o aparecimento do câncer nesse público. As principais causas de morte por câncer infantojuvenil são as leucemias, tumores do sistema nervoso central e câncer de osso, em ambos os sexos. A escola é um espaço importante na formação dos adolescentes e na sua fase de transição para a vida adulta. De acordo com o psicanalista Erik Erikson, em sua teoria do desenvolvimento psicossocial, a tarefa mais importante da adolescência é a construção da identidade. Durante a adolescência, ocorrem mudanças físicas, comportamentais e biológicas, além do consumo de substâncias psicoativas(nicotina, álcool e cocaína) e hábitos de risco que podem comprometer a qualidade de vida e levar ao desenvolvimento de doenças. Objetiva-se com trabalho, realizar atividades sobre os fatores de risco e as medidas de proteção ao câncer em quatro escolas da cidade do Recife. As atividades incluíram aulas expositivas, jogos, questionários e debates. A temática abordada foi o câncer infantojuvenil, com ênfase nos fatores de risco, prevenção e dados epidemiológicos de Pernambuco. O estudo foi do tipo quantitativo, com a coleta de dados por meio de perguntas objetivas nos questionários. Foram realizados dois questionários, um prévio e outro pós atividades. O questionário prévio foi respondido por 742 alunos, revelando que os alunos têm algum conhecimento sobre o que é câncer, mas desconhecem que é a principal causa de morte em jovens. Houveram opiniões divergentes sobre se fatores ambientais podem causar a doença. Os principais fatores de risco identificados foram cigarro, radiação solar, álcool, alimentos ultraprocessados e doenças crônicas. Os alunos informam-se sobre a doença através de redes sociais, internet e TV. Em relação à vacinação, muitos tomaram as doses contra o HPV e alguns contra a HBV, mas não são conscientes da importância dessas vacinas. Eles entendem a importância da alimentação saudável, atividade física, vacinação e não fumar para prevenção do câncer. O questionário final foi respondido por 674 alunos do Ensino Médio, que consideraram a intervenção excelente e que ampliaram seus conhecimentos sobre o câncer. Eles perceberam a relevância da temática nas escolas e se dispuseram a divulgar as informações, além de reconhecerem a sua suscetibilidade aos fatores de risco e manifestaram intenção em mudar seus hábitos.
Análise epidemiológica do câncer infantojuvenil dos anos de 2000 a 2020 no Brasil
(2023-09) Nascimento, Daniel Arlindo da Silva; Andrade, Jeyce Kelle Ferreira de; http://lattes.cnpq.br/3478329973517901
O câncer é uma doença em que o controle do crescimento celular foi perdido em uma ou mais células conduzindo a formação de tumores. É a segunda principal causa de morte no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares, O câncer é a segunda causa de morte entre crianças e adolescentes de 0 a 19 anos no país, atrás apenas das mortes por acidente. Entre as doenças, é a que mais mata nessa faixa etária. É uma doença onde não se prioriza o nível social ou desenvolvimentista de uma nação, podendo ser considerada uma doença cosmopolita, tornando-se uma questão de saúde pública, onde milhões são gastos todos os anos no seu diagnóstico e tratamento. Nos países em desenvolvimento como o Brasil, a coleta de dados é um desafio pela escassez de serviços estatísticos e de saúde em funcionamento, frequentemente, o foco na pequena proporção de cânceres que ocorre em crianças não é visto como uma prioridade. O presente trabalho baseia-se em um estudo epidemiológico, portanto, retrospectivo descritivo, onde foram analisados dados publicados no departamento de informação do sistema único de saúde no brasil (DATASUS) de 2000 a 2020. Foram incluídos no estudo variáveis como idade, sexo, raça, além do tipo de tumor, presença de metástase, estadiamento clínico e sobrevida dos pacientes. Os resultados demonstraram que, os cânceres mais incidentes e com maior taxa de mortalidade foram os de origem nervososa (encéfalo (classificação internacional de doenças) CID 71 e medula CID 72), e as leucemias (mielóide aguda CID 92 e linfoide aguda CID 91) com uma taxa de incidência e mortalidade maior nos meninos, que nas meninas. Quando comparados por faixas etárias, as crianças de 0 a 4 anos apresentam uma maior incidência de desenvolvimento do câncer, contudo quando analisamos a mortalidade, adolescentes de 15 a 19 apresentam maior taxa de mortalidade. Um dado importante é a alta mortalidade causada pelo câncer de colo de útero em meninas até 19 anos, um tipo de câncer que tem prevenção através da vacina contra o vírus do HPV, que é aplicada em crianças a partir dos 9 anos de idade, além de divulgação maciça entre os adolescentes sobre os risco a saúde causados pelo sexo sem prevenção, consumo de álcool e cigarro, a obesidade e um estilo de vida sedentário aumentando o risco de desenvolvimento do câncer. Estudos epidemiológicos fornecem dados essenciais, necessários para oferecer detecção e tratamento precoces, programas e serviços de assistência a crianças com câncer. É muito importante melhorar o monitoramento global do câncer em crianças e solucionar as lacunas nos dados de vigilância nas regiões, enfatizando as campanhas de conscientização.