Lima Filho, José Vitor MoreiraRocha, Roseane Thays dos Santos2025-09-102024-10-03ROCHA, Roseane Thays dos Santos. Avaliação da influência da lectina de Cratylia argentea (CFL) contra a infecção experimental por Listeria monocytogenes. 2024. 45 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) - Departamento de Biologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2024.https://arandu.ufrpe.br/handle/123456789/7689A Listeria monocytogenes é o agente etiológico causador da listeriose, uma infecção de origem alimentar que acomete diversas espécies animais, inclusive seres humanos. Suas características patogênicas a tornaram uma preocupação significativa para a indústria alimentícia, sobrevivendo e proliferando em condições ambientais adversas. No âmbito de alternativas contra a ação da L. monocytogenes, a lectina de Cratylia argentea (CFL), tem demonstrado capacidade de auxiliar o sistema imunológico do hospedeiro no processo de identificação do organismo invasor. Neste sentido, investigamos, in vitro e in vivo, a influência da lectina CFL contra a infecção causada por L. monocytogenes em camundongos Swiss. Para o teste in vitro, os camundongos foram infectados com as concentrações 1x105 e 2x105 UFC/mL, inoculando 200μL em cada grupo via intraperitoneal. Macrófagos peritoneais foram recolhidos, fixados em estufa com 5% de CO2 e, 24h após foram tratadas com 9 doses de CFL: variadas entre 100 μg/mL e 0,39 μg/mL; enquanto os grupos controles receberam apenas RPMI e gentamicina 10 μg/mL. Após 24h de tratamento, foram feitas as análises de viabilidade celular e quantificação de bactérias intracelulares. Para o teste in vivo, avaliamos inicialmente a sobrevivência dos animais durante cinco dias após a administração do inóculo via intragástrica, utilizando concentrações que variaram entre 2x10³ e 2x10⁹ UFC/mL, com um volume de 200 μL. A seguir, baço, fígado e sangue foram coletados para quantificação bacteriana. A partir disso, realizamos um teste para avaliar a ação da lectina associada ao antibiótico. Os animais foram inoculados com a concentração de 2x109 UFC/mL, via intragástrica, e o tratamento iniciado 24h depois. As análises foram feitas após 24h e 96h após o tratamento, com coleta do sangue, baço, fígado e linfonodos. Os resultados do primeiro teste mostraram que a dose 100 μg/ml manteve um percentual de viabilidade celular alto quando comparada com o grupo tratado com gentamicina, e houve uma diferença significativa nas dosagens 100 e 50 μg/mL de CLF em relação ao grupo RPMI, que foi infectado e não tratado. Para o segundo teste, o inóculo com a concentração 2x109 UFC/mL apresentou os dados clínicos esperados de uma infecção. Após as 96h de tratamento, a partir das análises, o baço e linfonodo tratados com CFL isolada e em conjuntura com o antibiótico, apresentaram diferenças significativas na diminuição da carga bacteriana quando comparadas ao grupo tratado com solução salina. Também, a lectina diminuiu a concentração de leucócitos totais no sangue, indicando seu potencial anti-inflamatório. Ainda, o grupo tratado com CFL apresentou maior produção de transcritos de mRNA para as citocinas pró e anti-inflamatórias. Como conclusão, foi possível observar que a CFL pode modular a atividade bactericida, aumentando também a viabilidade de macrófagos após a infecção por L. monocytogenes. Ademais, a sua junção com antibacterianos mostrou potencial ação anti-inflamatória a longo prazo, podendo evitar o choque séptico.45 f.pt-BRopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/ListerioseFitoterapiaFatores imunológicosMacrófagosCitocinasAvaliação da influência da lectina de Cratylia argentea (CFL) contra a infecção experimental por Listeria monocytogenesbachelorThesisAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International