Marques, Daniela de Araújo VianaMoura, Yanara Alessandra Santana2022-07-042022-07-042021-12-07MOURA, Yanara Alessandra Santana. Atividade tripanocida de compostos bioativos oriundos de algas e cianobactérias: uma revisão. 2021. 58 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) – Departamento de Biologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2021.https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/3094A doença de Chagas (DC) é enfermidade tropical negligenciada causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi que possui três formas evolutivas, sendo as tripomastigotas e amastigotas as de interesse clínico. A DC possui duas fases clínicas, a fase aguda (assintomática na maioria dos casos) e a fase crônica (pode afetar os sistemas cardiovascular, digestório ou nervoso). As drogas disponíveis como tratamento contra a DC, benznidazol (BZN) e nifurtimox (NFX), possuem alta citotoxicidade, especialmente o NFX. O BZN, o tratamento de primeira linha, possui eficácia limitada na fase crônica da DC além de estar associada a mecanismos de resistência por parte dos parasitos. Assim, novos compostos com atividade tripanocida são necessários para agir como tratamento clínico contra DC. Vários compostos naturais são descritos como potenciais alternativas antichagásicas. Dentre eles, algas e cianobactérias são fontes promissoras desses compostos visto que eles realizam várias atividades biológicas relatadas na literatura, incluindo atividade anti-T. cruzi. Assim, o objetivo desse trabalho foi realizar uma revisão sistemática de estudos envolvendo a ação tripanocida in vitro, in vivo ou in silico de algas e cianobactérias frente a formas tripomastigotas e amastigotas de T. cruzi. Para realizar as buscas, foram utilizadas as bases de dados Science Direct, Web of Science, Springer Link, Wiley Online Library, Scielo e MDPI. No total, 15 estudos foram incluídos, e os filos Rhodophyta e Ochrophyta foram os mais estudados e promissores para atividade anti-T. cruzi. As macroalgas Dictyota dichotoma e Ulva lactuca foram a mais estudadas. Contudo, as maiores atividades antiparasitárias foram apresentadas pelo extrato da macroalga Stypopodium zonale, baseado na concentração do extrato capaz de inibir os parasitos em 50% (IC50), enquanto Tetraselmis suecica e Nostoc commune exibiram os melhores valores de IC50 entre microalgas e cianobactérias, respectivamente. Entre todos os estudos, apenas quatro princípios ativos foram identificados, sendo o elatol, obtido de Laurencia dendroidea, o mais promissor baseado no índice de seletividade para tripomastigotas (IS = 19,56) e amastigotas (IS = 26,73). O único estudo in vivo mostrou que Arthrospira maxima pode ser efetiva em ratos infectados com T. cruzi, como tratamento ou profilaxia. Apesar da atividade anti-T. cruzi de compostos bioativos de algas e cianobactérias ser promissora, estudos futuros devem explorar os mecanismos de ação dos compostos, bem como novos estudos in vivo são necessários para viabilizar futuras aplicações desses compostos para ensaios clínicos no tratamento da DC.58 f.poropenAccesshttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.ptAlgasChagas, Doença deCianobactériaAtividade tripanocida de compostos bioativos oriundos de algas e cianobactérias: uma revisãobachelorThesisAtribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)https://n2t.net/ark:/57462/001300000kwq7