Silva, Tania Maria Sarmento daSilva, Jessicka Victorya Araujo da2025-12-162024-11-12SILVA, Jessicka Victorya Araujo da. Composição química da própolis coletada pela abelha Apis mellifera na região semiárida do Ceará. 2024. 48 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Química) - Departamento de Química, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2024.https://arandu.ufrpe.br/handle/123456789/8084A Apis mellifera, é uma abelha social que pertence ao gênero Apis, normalmente apontada como uma grande produtora de mel devido à alta capacidade de adaptação e grande criação em apiários. Essas características favoreceram o surgimento de diversas subespécies promovendo variedade geográfica e organização complexa. Entre os produtos produzidos pela Apis, a própolis destaca-se como um dos mais populares e é formada por uma complexa matriz resinosa, produzida a partir da coleta de exsudatos vegetais e da adição de cera, portanto dependendo do local e da época do ano, a composição da própolis pode mudar. Devido a essa variabilidade, a própolis pode ser classificada em vários tipos, uma das mais comuns é a própolis marrom, presente em todo Brasil e rica em compostos fenólicos. A própolis verde recebe esse nome devido a clorofila presente em sua origem botânica, Baccharis dracunculifolia, e os marcadores químicos, artepilin C e bacarina. A própolis vermelha é característica da região norte e é rica em flavonoides, já a amarela, é rica em triterpenoides. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar os constituintes químicos da própolis coletada pela abelha Apis mellifera na região semiárida no interior do Ceará a fim de tentar classificá-la e aumentar valor agregado. Foi avaliado o teor de compostos fenólicos, flavonoides e a capacidade antirradicalar. A avaliação de constituintes químicos foi realizada a partir da obtenção do extrato etanólico, posteriormente particionado em diferentes polaridades com os solventes: hexano, acetato de etila e metanol: água (1:1). Em seguida, a fração hexânica passou por diferentes colunas cromatográficas, e gerou 50 frações que, através de análise por CCDA, foram reagrupadas por similaridade. Dessas amostras, a composição foi indicada através de técnicas como cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas (CG/MS) e espectrometria de infravermelho. Por meio dessas análises, foi possível identificar as principais classes de compostos: alcanos, alcenos e triterpenoides, especialmente o lupeol e acetato de lupeol. O resultado de fenólicos e flavonoides foi expressivo para o extrato etanolico e as frações AcOEt e MeOH, como esperado, a fração hexânica, mais apolar, não apresentou atividade nos testes. E o resultado da atividade antirradicalar em comparação aos padrões utilizados de ácido ascórbico e quercetina, apresentam resultados de 9,29 a 20,17 μg/mL para o radical DPPH e 2,52 a 17,45 μg/mL para o radical ABTS, sendo considerados boas fontes de compostos antioxidantes. A análise do perfil químico permitiu a identificação dos constituintes químicos da própolis de Apis mellifera da região semiárida do Ceará tais como triterpenos e hidrocarbonetos de cadeias longas. As frações e extrato da amostra analisada apresentaram variações no teor de fenólicos e flavonoides, e no potencial antioxidante com o radical DPPH e ABTS que pode estar ligada a sazonalidade, composição química e botânica das amostras.48 f.pt-BRopenAccesshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/AbelhasPrópolisComposto químicoCera de abelhaComposição química da própolis coletada pela abelha Apis mellifera na região semiárida do CearábachelorThesisAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International