Silveira, Thiago Araújo daSantos, Klyvia Leuthier dosTrovão, Adriana Higino de OliveiraAlbuquerque, Arlete Batista de LimaAlves, José Fernando da SilvaNascimento, Mário Henrique Moonteiro2025-11-172025SILVEIRA, Thiago Araújo da et al. Trajetórias que ensinam: narrativas autobiográficas de pedagogos em formação. Recife: Conexões Publicações, 2025. 233p.https://arandu.ufrpe.br/handle/123456789/7964Este livro é uma obra coletiva, autoral, afetiva, didática, investigativa e real. É uma obra coletiva porque ela nasce da criação de várias mentes e mãos, em um contexto singular e único que foi a disciplina de Prática como componente curricular IV, do Curso de Licenciatura em Pedagogia EaD, da Unidade Acadêmica de Educação a Distância e Tecnologia (UAEADTec) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Nesse componente curricular, os estudantes foram desafiados a escreverem suas narrativas autobiográficas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e ao final, apresentarem para todos os colegas e tutores no polo presencial suas trajetórias, promovendo uma verdadeira reflexão sobre as suas “trajetórias que ensinam”. Ela é autoral porque é fruto das ideias, vivências, memórias e recortes das vidas dos pedagogos em formação, que de um jeito único e autêntico escolheram escrever seus caminhos de vida singulares e subjetivos. Ao mesmo tempo em que esse tipo de produção consegue dialogar com outras obras que tratem de narrativas autobiográficas na formação de professores, esse material é resultado do retrato social, temporal, local e político desse grupo de estudantes que revelaram percursos de vida para seus leitores. Esse livro também é gerado a partir do lugar de afeto desses escritores, por isso ele é afetivo. Quando convidados a escreverem, os sujeitos passam a desempoeirar e revirar os seus “baús da memória”, ou seja, ele se aproxima das pessoas e das suas emoções com toda a expressão e carga emocional na qual elas relatam suas vidas e experiências. Eu particularmente acho muito interessante e provocador quando um processo de escrita em contextos acadêmicos causa essa “confusão” e “fusão” entre razão-emoção, impessoal-pessoal, ideal-real, proximidade-distanciamento, local-universal, pois, promove aos que escrevem a importância de se estabelecer conexões humanas em contextos muitas vezes tão frios, fragmentados e rígidos como os acadêmicos e profissionais, tais como os da universidade e da escola. Ao mesmo tempo, esse exercício indiretamente forma os sujeitos numa imensão personalista, onde a sensibilidade, as emoções, os sentimentos, a intuição e as relações humanas são componentes essenciais para a constituição da identidade docente. Falamos isso sabendo que não é possível separar a pessoa do profissional, eles estão imbricados e nunca podem se separar, formam um todo único, singular e integrado. Esse livro é afetivo também porque ele tem o poder de nos fazer criar vínculos com os autores e autoras. Estou seguro de que alguma história nesse compilado vai despertar identificação e empatia com o leitor e conectá-lo aos sentidos mais profundos da humanidade, da formação e da profissionalização.233 p.pt-BRhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/Formação de professoresPedagogos - narrativas autobiografiasTrajetórias que ensinam: narrativas autobiográficas de pedagogos em formaçãobookAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International2025